Alfabetização emocional: você usa o poder das palavras na educação?

Se lidar com as emoções é complexo até para os adultos, já imaginou como pode ser difícil para as crianças? Por isso, a alfabetização emocional – que deve começar dentro de casa e acompanhada na escola – é a alternativa ideal para ensinar o seu pequeno a enfrentar os próprios sentimentos.

Tristeza, medo, raiva, angústia, alegria, ansiedade…são diversos os sentimentos que demonstram (e muito) sobre seu filho. O poder das palavras e das emoções na educação fazem toda diferença na hora de identificá-las! Dessa forma, você consegue explorar e desenvolver os pontos que precisam ser melhorados na criança.

O conceito de alfabetização emocional, formulado na década de 1990, surgiu durante as primeiras neurocientíficas sobre o cérebro humano. A partir dele, é possível aprender a reconhecer os sentimentos que estão atrelados a determinados comportamentos. 

O assunto, inclusive, é debatido por autores de renome internacional, entre eles Daniel Goleman e Rafael Bisquerra. Abaixo selecionamos uma definição do que é alfabetização emocional, entenda:

“A educação emocional é o processo educativo contínuo e permanente que pretende potencializar o desenvolvimento emocional como complemento indispensável do desenvolvimento cognitivo, constituindo ambos os elementos essenciais do desenvolvimento da personalidade integral”. Rafael Bisquerra

Descubra os sentimentos com a alfabetização emocional

Expressões faciais, gestos, tom de voz e as palavras que usamos refletem muito o que sentimos. Além disso, o conceito inclui saber comunicar os sentimentos de forma adequada e, acima de tudo, produtiva. 

Famílias que agem, que não ficam passivas diante das respostas emocionais de seus  filhos, têm mais chances de fortalecer seus laços de afeto, dando segurança para que as crianças possam expressar suas emoções e partilharem suas experiências. 

“Não foi nada.” “Não precisa chorar” “Está tudo bem.” Quantas vezes você já tentou conter um ataque de raiva ou fazer seu filho parar de chorar com frases assim? Reconhecer os sentimentos que afligem a criança e encontrar formas saudáveis de expressá-los é a chave da alfabetização emocional

Atenção na hora de dar bronca

Um bom exemplo que podemos citar é quando seu pequeno apronta uma arte, você fica curioso (a) e dá aquela bronca. O primeiro passo, antes de partir para qualquer tipo de castigo, é conversar com a criança de forma clara e direta explicando porque ela não pode fazer aquilo outra vez. Não grite nem deixe ela ficar com raiva de você, use o poder das palavras e emoções na educação!

Outro ponto de atenção na alfabetização emocional está relacionado às frustrações. Não participar de um jogo ou não ganhar um brinquedo pode fazer a criança sofrer, mas são bons exemplos de que ela irá aprender com a situação. Além de dar a negativa, você precisa fazer com que ele entenda o porquê. Assim, vai adquirir uma consciência crítica e a proibição se traduzirá em aprendizado. E se vier a birra, ofereça apoio e afeto. 

O poder das palavras e as emoções

Alfabetização emocional é a chave durante a criação

No dia a dia, desde pequenas a grandes atitudes, os pais devem inserir com naturalidade na rotina dos pequenos a alfabetização emocional. Atividades que estimulem o desenvolvimento da criança, como a leitura de livros e, depois perguntar, ‘o que faria se fosse com você?’, ‘o que você acha que o personagem sentiu?’; mostre expressões faciais por meio de fotos e incentive o reconhecimento das emoções; convide seu pequeno a se expressar através de desenhos e brincadeiras. 

Se o seu objetivo é formar uma criança para o futuro que seja confiante, equilibrada, menos ansiosa e com autocontrole, abuse do poder das palavras e emoções na educação

Assim, a alfabetização emocional se ergue como uma oportunidade de enfrentar os comportamentos disruptivos, a agressividade e os conflitos nas relações interpessoais, pois a ausência de competências emocionais costuma estar ligada a estes problemas.

Veja abaixo os objetivos dessa técnica de aprendizagem que vai transformar a vida do seu filho (a):

– Entender o que são as emoções e como reconhecê-las;

– Classificar as emoções;

– Desenvolver a tolerância às frustrações da vida da criança;

– Desenvolver a resiliência;

– Prevenir conflitos interpessoais;

– Adotar uma atitude positiva diante da vida.

E qual o impacto da alfabetização emocional na família? Quando uma criança é capaz de entender seus próprios sentimentos, ela estará pronta para compreender os sentimentos dos outros, desenvolvendo assim empatia e habilidade de se relacionar com as pessoas.

Todos as pessoas podem melhorar e desenvolver sua inteligência emocional por meio da construção de novos hábitos e diferentes maneiras de pensar e se comportar. É possível aprender sobre tudo isso que falamos no post, de forma prática e online, pelo curso Emoções em Família

Este curso vai oferecer uma abordagem prática que combina conhecimento e conclusões das pesquisas mais recentes. Você saberá, ainda, o que fazer e como fazer para estabelecer essa relação com as crianças, de forma a melhorar o relacionamento com elas. Inscreva-se e crie invista na alfabetização emocional dentro de casa!

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