Capitaneado pelo Instituto Ayrton Senna, o debate das competências sociais e emocionais ganhou força no último ano. Como estudiosa do tema e defensora ferrenha da incorporação do desenvolvimento dessas habilidades em escolas, de forma que as crianças sejam preparadas para a vida, deparo-me com adultos que tornam-se contra-exemplos de inteligência emocional. E acabam, dificultando a implantação desse currículo de forma eficaz e que garanta a aprendizagem das crianças.
Incentivar os adultos a aprender, refletir e praticar suas próprias habilidades sociais e emocionais também torna-se fundamental para o sucesso da implementação de um currículo de competências sociais e emocionais.
O foco certo
A discussão está focada nas crianças: como desenvolver habilidades para a vida em crianças? Porém, parte do processo fica capenga, quando esquecemos dos outros atores envolvidos. Volto ao modelo que já apresentei em um post anterior:
Manter os pais e responsáveis informados sobre o desenvolvimento das competências sociais e emocionais na escola torna-se fundamental, além de ensiná-los como podem reforçar esse desenvolvimento em casa.
Exigir somente o que temos
Incentivar os adultos a aprender, refletir e praticar suas próprias habilidades sociais e emocionais também torna-se fundamental para o sucesso da implementação de um currículo de competências sociais e emocionais.
E talvez essa interação com pais precise da ajuda da escola. Construir relações respeitosas entre comunidade escolar, além de um ambiente colaborativo e de confiança que seja visíveis para os alunos é fundamental, não somente dentro da escola, como também em casa. Os adultos devem ser exemplos a serem seguidos.
Somos um espelho
Esse desenvolvimento pessoal envolve o desenvolvimento profissional contínuo dos educadores em todos os níveis da escola é fundamental. Como disse James Baldwin,” As crianças nunca são muito boas para escutar os mais velhos, mas elas nunca falham em imitá-los.” Garantir que toda a equipe escolar modele atitudes positivas que seja evidente a utilização de inteligência emocional e social em suas relações, entre os colegas da escola, com os próprios alunos, professores e pais e responsáveis. Nem todos os programas de implementação de desenvolvimento de competências sociais e emocionais têm sucesso. E a chave para o sucesso parece ser a preparação de professores.
Mas antes, eles precisam aprender como fazer isso…
O Programa
Dessa forma, a parceria da CAPES com o Instituto Ayrton Senna realmente torna-se fundamental para que o Brasil continue a evoluir no campo das competências sociais e emocionais. O Programa de Apoio à Formação de Profissionais no Campo das Competências Socioemocionais busca fortalecer redes de pesquisa que tenham foco no desenvolvimento dessas competências e a formação de professores nessa área.
Estou curiosa e entusiasmada para ver as propostas aceitas e poder contribuir para o campo de competências sociais e emocionais. Contem comigo.