Muitas vezes, fica implícito na nossa sociedade que não devemos nos mostrar tristes e que o choro deve ser evitado. Meninos crescem sem saber o que são emoções, julgando o que sentem apenas como sentimentos ruins.
Expressões como “homem que é homem não chora” ou “não tens motivos para estar triste” é o mesmo que dizer: “Não expresse os seus sentimentos ruins”. Fomos educados a não sentir raiva e quanto ao medo é só para os mais “fracos”.
Geralmente, classificamos o que são emoções diferenciando-as entre boas e ruins, positivas ou negativas. No entanto, é fundamental compreender que todas são importantes para nosso desenvolvimento.
Para saber mais sobre emoções, continue a leitura:
O que são emoções?
A palavra “emoção” vem do latim emovere, que significa “energia em movimento” (e = energia e movere = movimento). Toda a emoção, mesmo aquela vista como um sentimento ruim, existe para fazer como que a gente se movimente, ou seja, siga em frente e mude aquilo que está em desequilíbrio.
A emoção é um conjunto de respostas do nosso organismo a um estímulo externo.
Existem sentimentos ruins?
Emoções não são boas nem más. Elas podem ser agradáveis ou desagradáveis, mas são todas adaptativas, isto é, orientam para a nossa sobrevivência. É importante entender que todas elas têm um papel fundamental de alertar e sinalizar quando percebemos que algo importante para o nosso bem-estar está acontecendo.
O medo, por exemplo, pode ser desagradável, mas é ele quem nos alerta para o perigo! Já imaginou se as crianças não tivessem medo, considerado um dos “sentimentos ruins”? Elas com certeza colocariam a mão no fogão ou poderiam se entregar a qualquer desconhecido, entre outras ações que as colocariam em risco.
A raiva também é desagradável, afinal nenhuma criança gosta de ser contestada ou quando algo que deseja não ocorre. No entanto, ela é fundamental para os pequenos expressarem os motivos de sua insatisfação.
A raiva nas crianças pequenas facilita a ação para alcançar uma meta e pode estar vinculada a uma qualidade humana positiva: a persistência.
A tristeza, apesar de não ser agradável, nos ajuda a identificar e a evitar o que nos faz mal. Ela tem a função de desencadear a conexão frente à perda.
Por exemplo: se o seu filho ficou triste depois de brigar com um amigo, a tristeza vai ajudá-lo a identificar que não é legal repetir os atos que desencadearam esse sentimento.
Afinal, será que os sentimentos “ruins” são realmente ruins? Lembre-se: todas as emoções, sejam agradáveis, sejam desagradáveis, têm papel fundamental no desenvolvimento dos pequenos e também do nosso!
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